domingo, 17 de maio de 2009

CONHEÇA O ESPIRITISMO


Espiritismo é o conjunto de crenças científicas segundo o fato principal é de que a essência humana é baseada na existência de um espírito imortal, que pode estar entre os vivos ou não, admitindo vidas sucessivas (reencarnação) e a comunicação entre os vivos e os mortos, geralmente pelo intermédio de um médium, ou seja, um mediador. A expressão também designa a doutrina e práticas das pessoas que partilham esta crença.

Existe uma dificuldade para se determinar uma data para o aparecimento do Espiritismo. Sabemos que os fatos espíritas existiram desde todos os tempos, mas os espíritas ingleses e americanos costumam indicar como data inicial do movimento espírita moderno o dia 31/03/1848, que assinala o episódio mediúnico de Hydesville (irmãs Fox).
Existe uma época que podemos chamar de pré-história do Espiritismo, com os fatos da Antigüidade e da Idade Média, e uma época de preparação do advento do Espiritismo, que foi a de Emanuel Swedenborg (1688-1772).

O termo espiritismo (do francês antigo "spiritisme", onde "spirit": espírito + "isme": doutrina) surgiu como um neologismo, mais precisamente um "porte-manteau", ditado por espiritos e codificado e sistematizado pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, sob o pseudônimo de "Allan Kardec", para nomear especificamente o corpo de ideias por ele sistematizadas inicialmente em "O Livro dos Espíritos" (1857).

No movimento espírita, como em todos os movimentos, as coisas vão se definindo aos poucos, através do tempo, não se mostrando logo com a precessão necessária. Semente agora ‚ que a figura de Kardec, reconhecida há muito, nos países latinos, como codificador do Espiritismo, vai se impondo também nas suas verdadeiras dimensões, ao mundo anglo-saxão.

Segundo a visão espírita, os supostos fenômenos mediúnicos são registrados em diversos lugares e épocas da História, desde a Antiguidade, sob diversas formas. Como exemplo dessa visão de realidade religiosa, refere-se:
a prática ancestral de culto aos antepassados, venerando-os ou rendendo-lhes homenagens por meio de diversos rituais;
na cultura judaico-cristã encontram-se registados no Antigo Testamento, nomeadamente a proibição de Moisés à prática da "consulta aos mortos" (evidência da crença judaica nessa possibilidade, uma vez que não se proíbe aquilo que não é praticado), e, no Novo Testamento, a comunicação de Jesus com Moisés e Elias no Monte Tabor.
na cultura da Grécia Antiga, a crença em que as almas dos mortos habitavam o submundo e que era possível entrar em contacto com eles, cuja referência mais conhecida encontra-se na Odisséia. Ali Homero narra que Odisseu (Ulisses), rei de Ítaca realiza um ritual conforme indicações da feiticeira Circe, logrando conversar com as almas de sua mãe e dos seus companheiros, que haviam soçobrado durante a Guerra de Tróia. Em época posterior, registram-se os comentários de Platão sobre o "dáimon" ou gênio que acompanharia Sócrates.
os povos Celtas acreditavam que os espíritos regressavam ao mundo dos vivos em certas ocasiões ("Samhain"), crença essa que se encontra na origem das populares festas de "halloween".
na Idade Média, a persistência popular de crenças em superstições e amuletos para obter protecção.
na Idade Moderna, as narrativas sobre fantasmas e assombração de locais, ilustrada, por exemplo, pela peça de teatro Hamlet, em que o dramaturgo inglês William Shakespeare apresenta o fantasma do rei assassinado demandando vingança ao protagonista , seu filho.

Espiritismo kardecista
A expressão, criada no Brasil, refere-se à Doutrina espírita como codificada por Allan Kardec e, assim como o neologismo "Kardecismo", é vivamente repudiada por adeptos mais ortodoxos da doutrina.
As expressões nasceram da necessidade de alguns em distinguir o "Espiritismo" (como originalmente definido por Kardec) dos cultos afro-brasileiros, como a Umbanda. Estes últimos, discriminados e perseguidos em vários momentos da história recente do Brasil, passaram a se auto-intitular espíritas (em determinado momento com o apoio da Federação Espírita Brasileira, num anseio por legitimar e consolidar este movimento religioso, devido à proximidade existente entre certos conceitos e práticas destas doutrinas. Seguidores mais ortodoxos de Kardec, entretanto, não gostaram de ver a sua prática associada aos cultos afro-brasileiros, surgindo assim o termo "espírita kardecista" para distinguí-los dos que passaram a ser denominados como "espíritas umbandistas".

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