Durante as semanas que seguiram ao dia 20 de agosto de 1966, toda a imprensa brasileira e do mundo estampou manchetes sobre um caso de polícia que, aos poucos foi-se tornando cada vez mais intrigante, até ficar nos arquivos policiais como um dos casos sem solução.
Jorge da Costa, subiu o Morro do Vintém para soltar pipa. Encontrou dois homens mortos. Aterrorizado, voltou para sua casa e, em poucos minutos, já estavam no local o corpo de bombeiros, policiais, perícias e imprensa.
No local, foram encontradas coisas bem estranhas: duas máscaras de chumbo, uma garrafa de água mineral, um maço de cigarros, duas passagens de ônibus da Viação Santo Antônio, adquiridas na cidade de Campos, que indicavam que os dois homens sairam de lá no dia 15 do mesmo mês. Cinco bilhetes, todos em códigos, com números e letras. Um deles dizia textualmente: "Às 16:30hs estar no local determinado. Às 18:30 hs tomar as cápsulas. Após o efeito, aguardar o sinal com as máscaras."
A polícia identificou-os pelos documentos encontrados: Manoel Pereira e Miguel José . Ambos técnicos em eletrônica residentes em Campos.
Saíram de Campos no dia 17, dizendo que iriam comprar material de trabalho. Um carro também estava em seus planos de compras e traziam Cr$N 2.300,00 (dois e trezentos cruzeiros novos), segundo testemunhas posteriores. O dinheiro não foi encontrado.
Quando encontrados, os corpos apresentavam uma coloração rosada. Um dos bilhetes falava em "proteger metais e aguardar sinais máscara". As máscaras estavam lá. Típicas para proteger os olhos contra luminosidade intensa, talvez calor exagerado ou mesmo irradiação. Isto tudo autorizava os detetives a pensarem, inclusive, em alguma atividade extraterrena. Estavam os técnicos pensando em contatos com extraterrestres?
Inúmeros telefonemas de pessoas que disseram ter visto um disco-voador sobrevoando o Morro do Vintém foram recebidos no 2.º Distrito, onde o Delegado José Venâncio tomou depoimento de uma senhora que declarou ter visto um estranho objeto, de forma arredondada e com halo de luz intensa, a sobrevoar o ponto em que foram encontrados os corpos. Contou que dirigia seu automóvel pela Alameda São Boaventura, no Fonseca, quando a filha, Denise, de sete anos, chamou-lhe a atenção para um determinado ponto no céu. Ela olhou e viu um objeto estranho, com a forma de pires e a borda intensamente iluminada.
Que os rapazes viviam tentando contatos com seres extraterrestres, ou coisas de outro mundo, disto não se tem dúvidas. Eram dados a práticas místicas, faziam experiências estranhas e perigosas. Uma delas foi realizada na praia de Atafona, perto de Campos. Os dois falecidos mais outros dois companheiros de nomes Élcio Gomes e Valdir, provocaram um fenômeno que resultou numa tremenda explosão. Várias casas das redondezas ficaram ligeiramente danificadas e, durante algum tempo, não se falava em outra coisa na região. Surgiu até uma história de que um disco voador teria caído na praia.
Recentemente, diversas emissoras de televisão voltaram a tratar do tema em reportagens. 40 anos depois do ocorrido, não houve qualquer pista esclarecedora. Embora envolto em mistério, as evidências apontam para uma ligação com discos voadores. Mas o mistério continua até hoje...
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